Em meio a grandes correrias de fim de ano, provas e trabalhos da faculdade, programações de fim de ano do município, e muitos conflitos internos, dúvidas, certezas, medos, angustias, as vezes raiva, outras amor. Necessitava fazer algo.
Quem me conhece sempre me vê sorrindo e brincando, mas quem me vê assim, não sabe que isso muitas vezes é apenas um disfarce para mascarar o que se passa comigo. Também não sou muito de desabafar com as pessoas, prefiro guardar as coisas comigo até que se resolvam esperando a poeira baixar, as vezes não aguento ser tão paciente e ai geralmente falo demais.
Então onde eu busco refugio nessas horas? Em geral em silêncio, junto a um chimarrão bem cevado e uma música calma. Nessas horas, se preciso for, grito de raiva, choro de tristeza, ou simplesmente deixo meus pensamentos soltos, escuto o silêncio, escuto o mate, escuto meu coração.
A primeira vez que escutei a música O Sábio do Mate, me arrepiei e me reconheci na letra, por isso a idéia desse blog, não tenho a intenção a princípio de divulgar ele, quero apenas como um canto onde possa deixar meus pensamentos escritos.
O Sábio do Mate
No fundo desse meu mate habita um sábio,
Um velho de barbas brancas que tudo entende...
Das trenas, das longitudes, dos astrolábios;
Encerra tudo o que apaga, tudo o que acende!
Na água - suave remanso - de rio tão largo,
Na erva verde-coxilha virgem de arado;
Procuro a luz do caminho dentro do amargo
No sábio que me responde, mesmo calado...
Pra ele não há segredos, não há mistérios...
Por velho, sovou as rédeas do coração...
Talvez por isso, a lo largo, todo o gaudério
Aceita tantos conselhos do chimarrão!
Aceita tantos conselhos do chimarrão!
Quem ouve o sábio do mate, sabe da vida!
Mateia, assim solitário, com toda a calma...
Pois no silêncio do mate, em contrapartida,
Se escuta a voz experiente da própria alma!
A história desta querência em seus alfarrábios,
Sorvida pela memória em bomba de prata...
No fundo desse meu mate habita um sábio!
Um dia vai, outro chega, é esta a jornada...
Começa outro caminho se um chega ao fim...
E em cada mate que cevo na madrugada
O velho sábio se acorda dentro de mim!
Grande Abraço!
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